25/03/2019
A depressão é uma condição psiquiátrica amplamente discutida na sociedade. Sua definição para o campo da saúde está presente em manuais, como o DSM ou a CID, possuindo ainda variações que variam de acordo com o autor ou em subtipos, como Transtorno Depressivo Maior e Episódio Depressivo Maior. Há uma diversidade entre quais características clínicas são avaliadas em cada escala. Assim, o objetivo do artigo é discutir duas temáticas relacionadas à depressão: os critérios presentes nos manuais psiquiátricos e as características das escalas que avaliam a sua sintomatologia.
Highlights
- Os manuais facilitam a comunicação entre os profissionais da saúde por universalizarem o diagnóstico e as intervenções para os transtornos.
- As escalas auxiliam no processo de rastreio, diagnóstico e intervenção para os transtornos psiquiátricos.
- Há uma variação da sintomatologia que, às vezes, não é abarcada pelos critérios diagnósticos dos manuais por estes serem categóricos, ou seja, considerar determinados sintomas como necessários para o diagnóstico de depressão.
- O uso de manuais e escalas não são as únicas ferramentas do processo de avaliação. O clínico pode utilizar outros métodos de diagnóstico e diagnóstico diferencial.
- Há uma multiplicidade presente nos testes que avaliam os sintomas, sendo alguns psicométricos, outros projetivos, entre outros vieses epistemológicos.
- Escalas e manuais são complementares no diagnóstico da depressão e suas variações, sendo necessária uma atenção às fundamentações teóricos de todo o processo de avaliação.
Referência:
Baptista, M. N. (2018). Avaliando" depressões": dos critérios diagnósticos às escalas psicométricas. Avaliação Psicológica, 17(3), 301-310. DOI: 10.15689/ap.2018.1703.14265.03
Link para acesso ao artigo completo:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712018000300004