Poster (Painel)
610-1 | Psicopatia Subclínica: Avaliação e Aspectos Adaptativos | Autores: | CUNHA, A. M.1, SOUSA, D.1, MONTEIRO, R. P.2 1 UNINASSAU/PARNAÍBA - FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU PARNAÍBA PIAUÍ, 2 UFPI - PARNAÍBA -PI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - CAMPUS MINISTRO REIS VELOSO |
Resumo: Resumo Geral
Durante muito tempo relacionou-se estreitamente a psicopatia ao histórico de comportamentos antissociais e delitivos. Contudo, atualmente tem sido crescente o entendimento da psicopatia enquanto uma constelação de traços de personalidade. Concretamente, a psicopatia demarca um perfil impulsivo, imprudente, com dificuldades em retardar gratificações (Desinibição), com ausência de remorso e pouca capacidade empática (Crueldade), possuindo um lado adaptativo, descrevendo pessoas que apresentam dominância, resiliência e persuasão (Audácia). Algumas destas características deixam claro que atualmente o comportamento criminoso não é um aspecto central da psicopatia, destoando do senso comum que tem associado o construto a crimes violentos. No que tange as formas de avaliação, percebe-se que medidas como a Levenson Self-Report Psychopathy, Psychopathic Personality Inventory e a Triarchic Psychopathy Measure não tem enfatizado comportamentos criminosos como indicadores de traços psicopáticos. A propósito, a partir de análises de instrumentos de avaliação da psicopatia, autores tem indicado que o construto se distribui ao longo de um continuum, ou seja, todas as pessoas apresentam em alguma medida traços de personalidade psicopática. As manifestações mais brandas descrevem a psicopatia subclínica, que tem sido muito explorada na literatura atual, tendo inclusive funções adaptativas, facilitando o sucesso reprodutivo dos indivíduos e possibilitando que estes consigam explorar e extrair recursos do ambiente. Nesta direção, o presente trabalho objetiva apresentar uma outra visão da psicopatia, destoando daquelas estereotipadas que a relacionam estreitamente ao crime. Portanto, aqui a psicopatia é entendida a partir de um prisma dimensional, podendo fazer parte de uma faixa normal de funcionamento da personalidade, e a partir de uma perspectiva evolucionista, sendo uma importante diferença individual, sobretudo no âmbito sexual, relacionando-se a táticas de retenção de parceiros, ao envolvimento em relacionamentos casuais e a uma tendência a envolver-se em múltiplas relações.
Palavras-chave: Personalidade, Psicopatia, Avaliação, Psicologia evolucionista |